terça-feira, 1 de novembro de 2011

Feriados

Provavelmente nunca se ouviu falar tanto em feriados. Talvez a Igreja Católica detenha a maioria das comemorações destes dias. A verdade seja dita, muitos há que sabem que o feriado existe sem explicar a razão. Mais grave ainda (na minha opinião) é não saber o que se comemora no dia 5 de outubro ou 1 de dezembro. Afinal para que servem os feriados? Para muitos a triste ideia de trabalhar, para outros a alegria de o gozar em plena tranquilidade ou pseudodescanso.
Se todos os anos comemoramos sempre o mesmo feriado, cada ano tem um sabor diferente pelas mais diversas razões.

O Dia de Todos os Santos é sempre um dia triste e, ao que parece, a natureza sempre se compadece desta tristeza. No dia Todos os Santos, honram-se todos os santos conhecidos e desconhecidos, que cada vez são mais numerosos. Esta comemoração antecece o real dia dos finados, ou como chamam na América do Sul: Día de los muertos.

Neste dia visitamos os cemitérios sempre tão floridos. Essas cores contrastam com os sentimentos. Inevitavelmente as lágrimas correm-nos pela face, recordamos os nossos entes queridos, familiares, amigos bem próximos dos nossos familiares, os nossos amigos, conhecidos... E por que razão necessitamos deste dia, e num ato meramente social na minha opinião, para nos mostrarmos sentidos daquela ausência. Para quê procurarmos o sofrimento neste dia? Para quê demonstrá-los?

Aliado a este facto está mais uma vez a vertente social. A falta de respeito de alguns transforma-se na irritabilidade de outros. Atiram-se beijos, abraços, durante o momento solene, quase silencioso do dia. Comenta-se a indiferença perante campas mal arranjadas ou não arranjadas. etc, etc, etc...


"Por estranho que isto possa parecer, se vivermos na morte, viveremos mais intensamente na vida. O nosso erro consiste em pensar que a morte é a negação da vida quando a morte é a essência mesma da vida."

in Não tenhas medo do escuro de Gabriel Magalhães

domingo, 30 de outubro de 2011

Encontros

Dia 28 de outubro, no Teatro do Campo Alegre no Porto, houve um encontro, um reencontro, uma batalha interior vencida, uma noite cheia de largos sorrisos, algumas reflexões, alguns pensamentos, muitos LIVROs, muitos ABRAÇOs, fãs incondicionais de José Luís Peixoto, ou talvez meros simpatizantes da sua escrita. Quatro horas tornaram-se num instante mágico. Em certas alturas o tempo torna-se num inimigo, um inimigo saudável. Não posso esticar as horas, os minutos, mas posso saboreá-los, como se fossem os últimos...
Um encontro que provocou o reencontro e tantas emoções juntas. Gostei principalmente da particularidade de poder partilhar vivências, sensações e acreditar que se tornaram numa realidade naquele instante.

José Luís Peixoto deixou de ser apenas um conjunto de palavras poeticamente escritas em vários volumes, tornou-se num sorriso, numa simpatia, numa amabilidade inesperada. No final da sessão, acarinhou cada leitor com a sua marca.

ABRAÇO, é o livro que se segue...