Para iniciar este novo ano, uma homenagem ao FADO, agora Património Imaterial da Humanidade. Que tenhamos sempre a Porta Aberta para dar e receber... o tempo encarregar-se-á de destruir o mal que chega, sem avisar.
Porta Aberta
Entraste em minha casa de mansinho
P’la porta que te abri de par em par
E juntos começámos um caminho
Que não sabemos bem onde vai dar
Ao peito levo a rosa que trazias
Tingida pelo sangue dos teus dedos
E agora, p’ra não ires de mãos vazias
Eu tenho de abrir mão dos meus segredos
Não sei por quanto tempo ficaremos
No espaço que inventámos p’ra nos ter
Não sei sequer ao certo o que sabemos
Mas sei que não preciso de saber
E um dia, à despedida, queira Deus
Que eu possa partir sem dizer nada
E tu possas dizer, em vez de adeus
Obrigada, meu amor, muito obrigada
Letra: Luís Viana
Música: José Mário Branco (Fado Pombal)
(in www.camane.com)