quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Romance de António Castanheira

Algumas profissões ganharam por mim tal respeito que me atrevo inclusive a mencionar aquelas que mais me marcaram até hoje pelo maior risco de vida, sofrimento, desgaste, árduo trabalho e outras tantas suscetibilidades a que estão sujeitos.... Falo de pescadores e mineiros.

Conheci esta última realidade através de alguns mineiros das Minas da Panasqueira a quem muito agradeço. Agradeço a oportunidade de trabalhar neste centro e ter trabalhado com este grupo, um dos que mais me marcou. Com estes adultos pude conhecer o seu dia a dia, os contrangimentos, a força interior, a garra, a inteligência e ao mesmo tempo descobri sensibilidades para tantas áreas como a escrita, por exemplo. Homens autênticos que me ensinaram que não ver a luz do dia durante 15 dias quase ininterruptos não é o fim, que há vida na mina...

O Quim sugeriu-me este texto que li com muita dedicação.

António Palouro, já falecido fundador do Jornal do Fundão, escreveu este relato em 1963 que não pôde ser publicado. Descreve-nos a história de António Castanheira. No dia 21 de dezembro de 1954 o imprevisto, o provável aconteceu. "O António Castanheira era um rapaz valente. Tinha trinta e dois anos, estava na força da vida. Aguentou o ti Manel e sentou-se na outra prancha, abraçados, até que aquilo passasse."

Para descarregar este relato, clicar aqui, link que está direcionado para o site http://panasqueira.net/.

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